o inconsciente como linguagem

o inconsciente como linguagem

Curso on-line e ao vivo, com duração de 6 horas, dirigido a psicólogos, estudantes de psicologia e psicanálise e interessados na teoria lacaniana.

O “inconsciente estruturado como linguagem” é um dos grandes axiomas de Lacan em seu “retorno a Freud” nos anos 1950. Neste curso, com o apoio da linguística estrutural, abordaremos como o autor chega a esta tese, bem como seus desdobramentos na constituição do sujeito.

O conteúdo do curso compreende: a teoria do significante, a metáfora paterna, os três tempos do Édipo e a perspectiva estrutural do inconsciente e da constituição do sujeito.

Quando: 15 e 29 de abril, sábados, das 09:00 às 12:00 horas (horário de Brasília).

Docentes:

Profa. Dra. Helena Amstalden Imanishi – psicanalista, psicóloga formada pela USP, Mestre e Doutora em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da USP. Atualmente, professora do Curso de Pós-Graduação do Instituto Presbiteriano Mackenzie. Atendimento psicoterápico em consultório particular e supervisora clínica.

Prof. Ms. Ivan do Nascimento Cruz – psicólogo e Mestre em Psicologia Clínica pela USP. Atualmente é professor adjunto na FMU, trabalhando como supervisor clínico. Além da experiência em consultório particular, tem experiência na área de Psicologia Clínica e Saúde Mental em UBS, CAPS e CREAS.

A partir de 10/04 o valor da inscrição será de R$210,00.

Abertura da turma sujeita ao número de inscritos.

Certificado fornecido para participação nas duas aulas.

O link para as aulas será enviado por e-mail até um dia antes do início do curso.

Aquisição da linguagem: muito além de conhecer e saber falar as palavras

Aquisição da linguagem: muito além de conhecer e saber falar as palavras

Ao abordarmos o desenvolvimento da linguagem  na infância, é comum que no imaginário social consideremos apenas a dimensão da linguagem enquanto código compartilhado. Ou seja, o nome pelo qual cada objeto, ser vivo ou inanimado, afetos, sentimentos e etc., é socialmente reconhecido. Desvendar essa primeira relação entre a palavra e sua representação é parte fundamental do … Read More

clube de leitura (16/10) – “Solitária”, Eliana Alves Cruz

clube de leitura (16/10) – “Solitária”, Eliana Alves Cruz

3ª edição, 11º encontro

A boa literatura instiga afetos, permite identificações, provoca reflexões. Em tempos de excesso de telas e de informações, os clubes de leitura voltaram à baila, reacendendo a chama da leitura e do encontro, tornando a experiência literária mais frequente e menos solitária.

Discutir narrativas ficcionais permite se aproximar e se distanciar de nossa história e de outras histórias, fazendo emergir lembranças, associações, insights e novos pontos de vista.

O Clube de Leitura Ninguém Cresce Sozinho utiliza sua expertise em parentalidade para fazer a curadoria de livros atravessados por esta temática e conduzir o debate a partir das ressonâncias que a obra selecionada produz, possibilitando, assim, novas e múltiplas leituras da parentalidade em nossa cultura e nas vivências de cada participante.

Livro: Solitária, Eliana Alves Cruz, Companhia das Letras  (2022)

Quando: 16 de outubro, quarta, das 20:30 às 22:00 (horário de Brasília).

Coordenação: Tatiana Machado, psicóloga (CRP 06/69245).

Sinopse do livro:

“Mãe, a senhora precisa se libertar destas pessoas. A senhora não deve nada pra elas. Não tenha medo de encarar esse povo que nunca limpou a própria privada.”

Solitária conta a história de duas mulheres negras, Mabel e Eunice, mãe e filha, que moram no trabalho, um condomínio de luxo desses encontrados em qualquer grande cidade brasileira. Eunice, a mãe, é testemunha-chave de um crime chocante ocorrido na casa dos patrões. Mabel, a filha, constrói o caminho que leva não apenas à elucidação deste crime, mas a uma mudança radical na vida das pessoas que cercam as protagonistas.

Em prosa ágil, intensa e assertiva, Eliana Alves Cruz constrói uma miríade de histórias que revolve o imaginário do trabalho doméstico no Brasil — ainda tão vinculado à época escravocrata — e o relaciona a questões contemporâneas urgentes como a pandemia, o debate sobre ações afirmativas e a luta por direitos reprodutivos.

Testemunho de uma crucial mudança de sensibilidade no espírito de nosso tempo, Solitária dá provas do quão urgente se tornou elaborar — sem meias palavras — não apenas a história, mas as sobrevidas da escravidão colonial. Ao fazê-lo, mostra como é possível enfrentar o desafio moral e ético de abordar essas experiências de vida sem replicar gratuitamente a violência que a sustenta nem reencenar nenhum pacto oculto de subalternidade. É um romance libertação.

O que dizem sobre o livro:

“Eliana narra com a maestria da linguagem de alguém que sabe lidar com as palavras.” (Conceição Evaristo, contracapa do livro)

“Em Solitária, Eliana desponta como uma das mais importantes vozes de nossa literatura contemporânea.” (Itamar Vieira Junior, contracapa do livro)

“Misto de Carolina Maria de Jesus, Ana Maria Gonçalves e Conceição Evaristo, Eliana Alves Cruz é um dos nomes femininos da nova safra da literatura brasileira contemporânea que apontam para a amplitude do debate de gênero e raça entre homens e mulheres ainda silenciados em um Brasil miscigenado, o qual exibe de forma translúcida as suas bifurcações da casa grande e senzala.” (Márwio Câmara, Rascunho)

“Dividido em três partes e escrito como um diário compartilhado, o romance nos revela um olhar atento e de denúncia sobre o trabalho doméstico, tanto do ponto de vista da empregada quanto de sua filha e do quartinho de paredes espremidas que as personagens ocupam. Uma história — coletiva — que poderia caber perfeitamente na biografia de mais de vinte por cento das mulheres que trabalham no Brasil. (…) Aos que gostam de acusar de panfletárias e datadas as escrevivências (tomando de empréstimo a expressão de Conceição Evaristo) das mulheres negras, digo: Eliana Alves Cruz é absurdamente necessária e, felizmente, contemporânea.” (Munah Malek, Quatro Cinco Um)

“Toquei em coisas delicadas. Fiquei pensando “Falo? Não falo?”. Pronto, falei. Precisamos discutir por que uma adolescente de classe média é uma adolescente, mas uma menina da periferia filha da empregada da casa é uma mulher.” (a autora em entrevista a Iara Biderman, Quatro Cinco Um)

O preço do encontro não inclui o livro. A aquisição do mesmo é de responsabilidade do participante.

Para adquirir o pacote com desconto para os 4 encontros da 3ª edição do clube de leitura, clique aqui.

O link para o encontro é enviado por e-mail até uma hora antes do seu início.

Orientação a pais: suporte na construção de um caminho com os filhos

Orientação a pais: suporte na construção de um caminho com os filhos

Filhos vêm sem manual, sabemos. E quem é mãe e pai, sabe, “na pele”, o quanto isso é angustiante quando dúvidas e dificuldades em relação aos filhos e na relação com eles aparecem. Não à toa, diante dessas situações, é comum recorrermos ao Google e a outros oráculos na expectativa de uma resposta que nos … Read More

clube de leitura (29/06) – “A cachorra”, Pilar Quintana

clube de leitura (29/06) – “A cachorra”, Pilar Quintana

A boa literatura instiga afetos, permite identificações, provoca reflexões. Em tempos de excesso de telas e de informações, os clubes de leitura voltaram à baila, reacendendo a chama da leitura e do encontro, tornando a experiência literária mais frequente e menos solitária.

Discutir narrativas ficcionais permite se aproximar e se distanciar de nossa história e de outras histórias, fazendo emergir lembranças, associações, insights e novos pontos de vista.

O Clube de Leitura Ninguém Cresce Sozinho utiliza sua expertise em parentalidade para fazer a curadoria de livros atravessados por esta temática e conduzir o debate a partir das ressonâncias que a obra selecionada produz, possibilitando, assim, novas e múltiplas leituras da parentalidade em nossa cultura e nas vivências de cada participante.

Livro: A cachorra, Pilar Quintana, Intrínseca (2017, 2020).

Quando: 29 de junho, sábado, das 10:00 às 11:30 (horário de Brasília).

Coordenação: Tatiana Machado, psicóloga (CRP 06/69245).

Sinopse do livro:

Desde muito cedo, a vida de Damaris é marcada por tragédias e, apesar da companhia de Rogelio, carrega uma solidão que talvez tivesse sido aplacada pelo filho que nunca conseguiu ter. Cuidar da casa de veraneio há muito abandonada pela família Reyes ocupa seus dias, alivia sua consciência pelo que sente ter sido omissão sua no passado, mas nada disso lhe traz conforto.

Quando, num rompante, decide adotar a cachorra da ninhada de uma vizinha, Damaris tem a chance de desviar um pouco o foco das tentativas frustradas de engravidar. A fêmea que agora circula pela casa modesta faz aflorar instintos protetores e violentos, emoções díspares e profundas que supostamente só poderiam ser despertadas pela maternidade. A força e a intensidade dessa relação alteram tão drasticamente as dinâmicas de sua existência que Damaris já não sabe se a simples presença da cachorra fez sua vida ganhar ou perder, de uma vez por todas, o rumo.

Breve e magnético, A cachorra se passa em um cenário de dualidades entre beleza e violência. Ambientado em uma bolha de tempo desacelerada, na qual os acontecimentos se desenrolam com a típica lentidão sazonal de uma cidade de veraneio, é um romance contundente sobre vidas marginalizadas em um contexto bastante familiar aos leitores latino-americanos.

O que dizem sobre o livro:

“Com uma linguagem econômica, o romance abarca uma quantidade enorme de temas, que vão desde o papel da mulher na sociedade, a pobreza em contraste com a exuberante natureza e a passagem do tempo na vida dos personagens.” (Luiz Rebinski, Rascunho)

“Em A cachorra, a autora lança luz sobre a complexidade humana e as emoções díspares e profundas que supostamente só a maternidade seria capaz de produzir.” (Blog da Editora Intrínseca)

“A magia deste breve romance reside em sua capacidade de falar sobre muitas coisas, todas elas importantes, e, ao mesmo tempo, parecer falar sobre algo totalmente diferente. E que coisas são essas? Violência, solidão, resiliência, crueldade. Quintana cria algo incrível com sua prosa desiludida, séria e poderosa.” (Juan Gabriel Vásquez, contracapa do livro)

“Um texto poderoso sobre uma mulher revoltada que não se rende completamente ao sofrimento. A maior façanha deste livro breve, porém intenso, é o retrato de uma violência sórdida prestes a explodir.” (Le Monde,  contracapa do livro)

O preço do encontro não inclui o livro. A aquisição do mesmo é de responsabilidade do participante.

Para adquirir o pacote com desconto para os encontros da 2ª edição do Clube de Leitura, clique aqui.

O link para o clube de leitura será enviado por e-mail até uma hora antes do início do encontro.

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Uma Chapeuzinho Vermelho, livro escrito e ilustrado por Marjolaine Leray (Companhia das Letrinhas), é uma obra-prima para incrementar as conversas sobre abuso sexual com as crianças. “Essa” Chapeuzinho (e isso é lindo, pois aponta a singularidade) tem uma esperteza, que pode ser traduzida pelo conhecimento prévio sobre a intenção do Lobo Mau: comê-la. Não à … Read More

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