O que têm aí?
Um livro.
Mais do que um livro, uma brincadeira.
O que têm aí?
A seriedade e a importância do brincar. A seriedade e a importância da musicalidade das palavras nos tempos iniciais da vida humana.
A brincadeira de cadê-achou não é clássica à toa. Ela é estruturante na medida em que está a serviço da constituição psíquica do bebê.
Rosinha brinca de cadê-achou a cada pergunta lançada ao pequeno leitor. As perguntas, simples, acompanham respostas também simples (e inusitadas), ambas cheias de rima, permitindo diferentes entonações ao longo da leitura. A cada interrogação, bebê e leitor/cuidador são convocados ao enigma do que tem por trás da pergunta, do que tem atrás da página-aba. A interrogação e o movimento de abrir a página-aba cria um suspense e suspende a voz, a presença, em presença do livro e do leitor/cuidador. Esse é o jogo. E a riqueza dessa publicação da Jujuba Editora.
Além do jogo, as expressões de cada personagem nos convocam a fazer novas expressões faciais, por vezes, mais exageradas, acompanhando os picos prosódicos da narrativa. Tecendo a ritmicidade da leitura, da brincadeira, do encontro entre o bebê e o leitor/cuidador.
Sobre a Patrícia L. Paione Grinfeld.