Meu filho de 4 anos tinha um sério problema de comer as unhas que se arrastava por meses. Eu já tinha tentado de tudo, os brinquedos para ele colocar na boca e redirecionar a atenção, esmalte com gosto ruim, quadro de recompensa, e nada parecia adiantar. Até que um dia conversei com a Patrícia da Ninguém Cresce Sozinho. E tudo mudou. Ela, com sua escuta atentiva, me abriu os olhos para buscar a raiz do problema. O que eu estava tentando era eliminar o problema da unha em si, que se não resolvido em sua essência, poderia até se transformar em outro problema, como molhar a cama ou arrancar os cabelos. Mas por meio deste diálogo construtivo, constatamos que a causa raiz estava na insegurança dele, principalmente quando se via sozinho. O estar sozinho gerava angústia, um sentimento que ele não sabia expressar. E então, por meio das técnicas que ela me sugeriu, como contação de histórias, nas quais muitas vezes ele era um personagem ainda que indireto, painel de fotos e referências visuais, muito diálogo, nós conseguimos eliminar o problema. Ele nunca mais comeu as unhas, e nunca mais demonstrou qualquer outro comportamento que espelhasse aquela angústia. Na maternidade, muitas vezes nós nos vemos tão envolvidos no problema, e tantos destes problemas são tão inéditos na nossa experiência de vida, que não temos as ferramentas e/ou o discernimento para lidar com eles. Serei sempre muito grata pela ajuda da Ninguém Cresce Sozinho, e feliz em saber que eles seguem firmes no seu propósito de lidar com as questões da parentalidade de forma tão acolhedora.

(Débora, mãe do Arthur)