clube de leitura (21/08) – “O avesso da pele”, Jeferson Tenório
R$65,00
3ª edição, 9º encontro
A boa literatura instiga afetos, permite identificações, provoca reflexões. Em tempos de excesso de telas e de informações, os clubes de leitura voltaram à baila, reacendendo a chama da leitura e do encontro, tornando a experiência literária mais frequente e menos solitária.
Discutir narrativas ficcionais permite se aproximar e se distanciar de nossa história e de outras histórias, fazendo emergir lembranças, associações, insights e novos pontos de vista.
O Clube de Leitura Ninguém Cresce Sozinho utiliza sua expertise em parentalidade para fazer a curadoria de livros atravessados por esta temática e conduzir o debate a partir das ressonâncias que a obra selecionada produz, possibilitando, assim, novas e múltiplas leituras da parentalidade em nossa cultura e nas vivências de cada participante.
Livro: O avesso da pele, Jeferson Tenório, Companhia das Letras (2020).
Quando: 21 de agosto, quarta, das 20:30 às 22:00 (horário de Brasília).
Coordenação: Tatiana Machado, psicóloga (CRP 06/69245).
Sinopse do livro:
Um romance sobre identidade e as complexas relações raciais, sobre violência e negritude, O avesso da pele é uma obra contundente no panorama da nova ficção literária brasileira.
Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria “Romance Literário” (2021).
O avesso da pele é a história de Pedro, que, após a morte do pai, sai em busca de resgatar o passado da família e refazer os caminhos paternos. Com uma narrativa sensível e por vezes brutal, Jeferson Tenório traz à superfície um país marcado pelo racismo e por um sistema educacional falido, e um denso relato sobre as relações entre pais e filhos.
O que está em jogo é a vida de um homem abalado pelas inevitáveis fraturas existenciais da sua condição de negro em um país racista, um processo de dor, de acerto de contas, mas também de redenção, superação e liberdade. Com habilidade incomum para conceber e estruturar personagens e de lidar com as complexidades e pequenas tragédias das relações familiares, Jeferson Tenório se consolida como uma das vozes mais potentes e estilisticamente corajosas da literatura brasileira contemporânea.
O que dizem sobre o livro:
“Não é de graça que Tenório, além de autor premiado, é tão bem acolhido pelo público e pela crítica. Ele não faz turismo, safári social, na desgraça geral do país, não faz da crítica à desigualdade um truque, um atalho apelativo e barato, panfletário, para ter mais aceitação, reconhecimento. Estamos diante de um escritor que, correndo todos os riscos, sabe arquitetar uma boa trama e encantar o leitor. Por muitas vezes durante a leitura eu disse para mim mesmo: como ele consegue construir personagens tão reais e fáceis de serem amados? Eu agradeço, a literatura brasileira agradece.” (Paulo Scott, orelha do livro)
“Através de um profundo mergulho em seus personagens, O avesso da pele consegue abordar as questões centrais da sociedade brasileira. E o mais potente nisso tudo é que, aqui, o real e as reflexões partem sempre de dentro pra fora.” (Geovani Martins, contracapa do livro)
“Com uma produção até agora mais local, no Rio Grande do Sul, Jeferson Tenório ganha merecida projeção com seu romance O avesso da pele. Enquanto tipologia, tende a ser um romance de formação. Como, em uma sociedade impiedosa, um intelectual negro pode construir a sua biografia. A grande inovação que Tenório acrescenta ao gênero é que o narrador não pode contar-se, pois está morto. De maneira estruturalmente simbólica, o romance começa e termina com o filho, distanciado familiarmente, mexendo no armário do pai morto. É com as poucas coisas deixadas por este professor de escola pública, leitor de grande literatura, que o filho vai ter que reconstruir a figura paterna, preenchendo os vazios para que ela não seja silenciada.ma obra necessária, contundente, que nos reumaniza ao mesmo tempo em que nos tira qualquer inocência diante da máquina racista que não para de destruir vidas das mais diversas formas.” (Miguel Sanches Neto, Rascunho)
“Se o que denuncia por meio de uma série de episódios da vida dos pais é sobretudo o racismo estrutural em termos de um combate e debate públicos, a forma que encontra para essa realização guarda na maior parte do romance um parentesco com um dos gêneros mais íntimos, a carta, porque diálogo que se estabelece na proximidade máxima, mas marcado por uma distância imposta, além do predomínio do uso da segunda pessoa do discurso (‘você’), que no caso é o pai, mas por vezes se endereça a você, leitor, que pode vir a se identificar com ele ou, quem sabe, se colocar na pele dele, desde que pelo avesso.” (Luciana Araújo Marques, Quatro Cinco Um)
O preço do encontro não inclui o livro. A aquisição do mesmo é de responsabilidade do participante.
Para adquirir o pacote com desconto para os 4 encontros da 3ª edição do clube de leitura, clique aqui.
O link para o clube de leitura será enviado por e-mail até uma hora antes do início do encontro.
Fora de estoque